De facto, já nada me espanta… vejam só que, esta semana, um deputado do partido no poder, descontente com o desenrolar de uma entrevista que lhe era feita, resolveu cortar o mal pela raiz e toca de levar consigo os dois gravadores usados pelos jornalistas que o entrevistavam.
Como se não bastasse, nesse mesmo dia, entregou-os ao tribunal, como apensos a uma providência cautelar que visava a não publicação das imagens de uma câmara que, para sua pouca sorte, também captou o hilariante momento.
Horas mais tarde, ironicamente, convocou a “tribo jornalística” nacional e apelidou de “irreflectido” o acto de cometera. O problema de Ricardo Rodrigues – assim se chama o infractor – é que já foi tarde para imendar aquilo que acabou por se tornar num grandessíssimo tiro no pé. Passou a ser mais afamado, mas pelos piores motivos.
Vejam só que belo exemplo nos dão aqueles que, supostamente, nos deveriam representar e que afinal… andam a cortar os tempos de antena que não lhes interessam. Claro que, como em todos os casos, não pode pagar o justo pelo pecador, não podemos meter tudo no mesmo saco.
Isto foi censura? Claro que não! Foi apenas um “acto irreflectido”. Mas, Sr. Deputado, reflicta lá agora comigo: bem vistas as coisas, até teve sorte… imagine o Sr. Deputado se a entrevista tivesse sido numa rádio: é que levar um microfone, uns auscultadores, uma mesa de mistura e um computador ainda é coisa para dar cabo das costas a uma pessoa! E nem sequer cabem no bolso!
07 maio 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
loool
coitado, o senhor sentiu-se mal com as perguntas "violentas" que lhe foram feitas..
no fundo, é uma criatura inocente :p
Enfim enfim...este portugalzinho anda cada vez pior...
Enviar um comentário