25 abril 2006

LIBERDADE

Há 32 anos, no dia anterior "´àquela clara madrugada", vivia-se, por cá, de uma forma sufocante... eram homens e mulheres privados de quase tudo, jovens com perspectivas de um futuro comprometido, crianças ainda inocentes, sem sequer imaginar o que se passava à sua volta...
Mas felizmente, sempre houve Homens de coragem, Homens com sonhos para realizar, sem nada a perder e com quase tudo para ganhar e para dar. Foram eles a voz e a força de quem não a tinha, a vontade de vencer e derrubar um regime asfixiante.
Hoje, 32 anos depois do "primeiro dia do resto da nossa vida", esta data, para muitos, não passa apenas de mais um feriado, um dia dedicado à inércia, principalmente para aqueles que não viveram o momento e os anos anteriores. Para outros, é um dia recordado com alegria, de uma maneira muito especial, principalmente para todos os que foram vítimas às mãos pulhas que durante décadas fizeram questão de tapar a boca de um povo. Uma coisa é certa: nos dias de hoje, melhor ou pior, somos livres, temos paz, vivemos muito, mas muito melhor do que anteriormente se vivia; e o que fazemos? Esquecemo-nos de tudo isto, passamos a vida a queixar-nos de tudo e de todos, deixamo-nos ficar no nosso cantinho, com medo de avançar e dar a cara à luta... os heróis daquele dia, pouco a pouco, vão-se afundando na escuridão da memória...
Liberdade, democracia... mais ou menos afectadas, mais ou menos distorcidas, são pedras preciosas que se devem guardar a sete chaves. Devemo-las a um conjunto de homens que, sob a identidade de MFA, nos ofereceram asas e nos abriram a porta da gaiola... uma vez do lado de fora, não há que parar. Vamos!