09 fevereiro 2006

Não sei que título lhe dar...

Passam as horas, chega a noite, depois a manhã, e passado algum tempo, chega novamente a noite... e não se passa disto... Os dias nem sequer esperam por nós... e nós vêmo-los passar mesmo à frente do nosso nariz... Uns correm para o autocarro, outros estão sentados em frente a uma qualquer secretária (daquelas de madeira), e outros nem disso precisam, porque "a montanha vem a Maomé"... Há outros ainda que procuram na sua arte uma fonte de inspiração e deixam-se levar pelos novos caminhos que descobrem; uns iluminados, é o que eles são...
E eu? Que faço eu entre "a noite e o anoitecer"? Vai dependendo dos dias... até posso dizer que tem dias em que faço um pouco daquilo que já disse, mas também tem outros em que não faço nada disto... é conforme a maré... às vezes até chego a pensar que tenho uma maré na cabeça! Que disparate...
E cá vou eu seguindo, entre um suspiro e um riso, entre o desespero e a alegria momentânea, entre... um pensamento corrente e outro (pensamento)...

08 fevereiro 2006

Por outras palavras...

"Ninguém disse que os dias eram nossos, ninguém prometeu nada;
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre mais uma madrugada.
Ninguém disse que o riso nos pertence, ninguém prometeu nada;
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre mais uma gargalhada...

E deixar-me devorar pelos sentidos, e rasgar-me do mais fundo que há em mim;
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso, nunca por chegar ao fim..."

Mafalda Veiga

Não queiras saber de mim

"Não queiras saber de mim, esta noite não estou cá;
Quanto a tristeza bate, pior do que eu não há...
Fico fora de combate, como se chegasse ao fim;
Fico abaixo do tapete, afundado num serrim.

Não queiras saber de mim, porque eu estou que não me entendo,
Dança tu que eu fico assim,
Hoje não me recomendo.

(...)

Amanhã eu sei, já passa, mas agora estou assim,
Hoje perdi toda a graça, não queiras saber de mim..."

Carlos Tê/Rui Veloso